quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ex-adventista conta como descobriu a fé católica

É com imensa alegria que abro a categoria de "Testemunhos" aqui no blog. Essa alegria ainda maior por ser a conversão de uma grande amiga minha, onde apesar de minha não pouca ignorância, tentei lhe ajudar no pouco que sei.
Os assíduos leitores devem lembrar de sua pergunta que publiquei há algum tempo, Sábado ou Domingo?
Que o Senhor a ilumine cada vez mais!

SEGUE SEU TESTEMUNHO:

Nasci em uma família “católica” por assim dizer, estudei em alguns colégios de freira, mas nunca fui batizada na Igreja Católica. Sempre tive a iniciativa de buscar a Deus, mesmo que em lugares errados, mas se não fosse essa minha busca não estaria aqui hoje dando esse testemunho.
Quando eu era pequena, minha mãe freqüentava a Seicho-No-Ie (Lar do progredir infinito), uma filosofia que mistura o budismo com espiritismo, entre outras coisas. Aos nove anos passei a freqüentar também, indo para seminários, retiros, e me envolvendo cada vez mais com a classe juvenil. Praticava as meditações, lia a Sutra Sagrada todos os dias como se fosse a própria Bíblia. Tempo depois estava freqüentando a classe dos jovens e já era presidente da classe juvenil. Apesar de ter recebido esse cargo, eu já não estava mais tão firme e me afastei da Seicho-No-Ie. Depois disso voltei poucas vezes ao local, não via mais sentido em nada daquilo. Alias, não via mais sentido em muitas coisas na minha vida...
Por motivo familiar e pela própria rebeldia da adolescência, me afastei de tudo que podia incluir o nome Deus. Ainda lendo alguns livros espíritas eu continuava com a idéia de que “aqui se faz, aqui se paga, e se não der, pago em outra vida”, e comecei a brincar com a vida sem dar nenhuma importância a ela, já que “eu podia me atirar de uma ponte e nascer de novo”.
E como tem se ouvido muito: fui pro mundo, gastei tudo e restou só o pecado! Ou como aquela famosa frase: Deus consente, mas não para sempre! Ganhei um presente dEle, que no começo até pensei que fosse castigo. Como pode uma menina, uma criança de dezesseis anos ser mãe?! De fato, foi meu maior presente e meu maior castigo. Nessas horas que a gente para e pensa que não somos tão fortes, ou melhor, quão somos fracos... E Ele nos chama de volta a realidade, a dura realidade da qual a força que precisamos vem dEle. Passados dois anos, encontrei uma Bíblia católica perdida numa gaveta em minha casa. Comecei a ler. Li os livros que mais interessam quando se está na “fossa” – Salmos, Provérbios, Sabedoria, Eclesiastes, Eclesiástico...
Foi então que certo dia, uma vizinha protestante (pentecostal), vendo que eu estava interessada na Palavra, me chamou para ir a um culto da igreja - O Brasil para Cristo. Achei bastante estranho o pastor suando e sapateando daquele jeito, foi quando minha vizinha me levou até a frente, e o pastor falou umas coisas para eu repetir com ele, sem saber, eu tinha “aceitado Jesus como meu único senhor e salvador”. Não sei por que fazem isso, já que eu nem sabia que Jesus tinha me salvado de alguma coisa, ou que era senhor de alguma coisa, pois outrora eu tinha Jesus como “um cara bom que falou coisas bonitas e abriu a mente de muitos”. Com o passar do tempo, tomei um estudo, onde se falava mais de Atos 2 que todo o resto da Bíblia, o vento impetuoso e veemente ainda circulava a cabeça de muitos ali. Fui batizada. Mas ainda havia muitas perguntas que mais uma igrejinha pentecostal de bairro não poderia responder.
Alguns adventistas convidados por uma jovem da igreja foram fazer uma visita. Um dentre eles me convidou para fazer um estudo bíblico e visitar a Igreja Adventista. Vi que era uma igreja bastante calma, sem euforia, e com estudo aprofundado. Interessei-me, já que não me conformava em ouvir falar o tempo todo do vento impetuoso e veemente que invadia no livro de Atos.
Achei estranha a confiança que eles tinham na “profetiza” Ellen G. White. Tudo parecia se encaixar, eles tem resposta pra tudo, é incrível! Livros e mais livros explicando versículo por versículo bíblico. O livro e o DVD O Grande Conflito parece dar a cartada final a todas as duvidas possíveis e impossíveis. Mas daí eu me perguntei: Como, depois de séculos e mais séculos, uma pessoa simplesmente descobre que a ICAR está errada e decide protestar, renovar, reformar, uma doutrina que tinha sido construída pedrinha por pedrinha desde os primeiros séculos? Por que cada igreja protestante diz uma coisa diferente da outra? Por que há tanta divisão nas igrejas?
Bem... Voltando a uns meses ou quase um ano atrás, eu estava participando do Yahoo Respostas na parte de religião e espiritualidade. Debatia, respondia e interrogava em defesa da fé Adventista. Quando em meu e-mail recebi textos desaforados de um católico bem ousado. Debatia a respeito do papado. Nunca tinha ouvido a opinião forte de um católico. Foi então que pedi para que me adicionasse no MSN. Entre um debate e outro vi que as lacunas que a IASD tinha preenchido já não faziam mais sentido e que o passado histórico e cheio de fé da ICAR ganhava lugar em meu conhecimento. Há alguns meses atrás me rendi a buscar mais a respeito da fé católica e decidi com o incentivo do Nelson ( o católico desaforado do Yahoo ) a ler as postagens do Digitus Dei. Hoje sempre quando posso entro e tiro minhas duvidas, isso quando não encho o Nelson com minhas perguntas que com muita, muita paciência ele vem me ensinar. Hoje o tenho como um amigo, professor e anjo da guarda.
São poucos os que vão atrás de conhecimento, muitos se acomodam no que ouvem e vêem.
Que Deus continue abençoando este blog!

Autor: Natália Zelice
Fonte: http://www.digitusdei.com.br/

Um comentário:

  1. Essa senhora nunca foi Adventista, apenas uma entusiasta não praticante da doutrina, por não ter feito parte do rol de membros da igreja não tem propriedade pra emitir qualquer opnião sobre a mesma.

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