domingo, 31 de julho de 2011

CHAMADOS À SANTIDADE

Publicamos o artigo de Dom Dom Orani João Tempesta, O. Cist., arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, sobre a santidade sacerdotal.

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Dias atrás encerramos o Ano Sacerdotal, que foi marcado por muitas celebrações, missas, adorações, palestras, conferências, seminários, peregrinações, horas santas. O Papa Bento XVI foi muito feliz e inspirado ao dedicar o tema do sacerdócio neste último ano, por ocasião dos 150 anos de falecimento de São João Maria Vianney. Tudo o que foi celebrado e meditado levou os Sacerdotes a refletirem ainda mais sobre a beleza do que é ser consagrado e o valor da sua missão. O Padre possui uma grande missão em meio aos desafios dos tempos atuais: "Ser outro Cristo". Foi também uma ótima ocasião para o nosso povo valorizar ainda mais o presbítero e rezar pelo clero e pelas vocações de especial consagração.

Assim como todo cristão é chamado a ser "outro Cristo", muito mais ainda o Sacerdote! Essa intuição não é apenas uma metáfora, mas uma maravilhosa, surpreendente e consoladora realidade. Pelo Sacramento da Ordem, o Sacerdote age in persona Christi emprestando a Jesus Nosso Senhor a voz, as mãos e todo o seu ser, pois é Jesus quem na Santa Missa, com as palavras da consagração, muda a substância do pão e do vinho na do seu Corpo e do seu Sangue. É também o próprio Jesus quem, no Sacramento da Reconciliação, pronuncia a palavra autorizada e paterna: "Os teus pecados te são perdoados" (Mt 9, 2; Lc 5,20; 7,48; Jo 20,23). É Cristo quem fala quando o Sacerdote, exercendo seu ministério em nome e no espírito da Igreja, anuncia a palavra de Deus. É também o próprio Cristo quem tem cuidado com os enfermos, com as crianças e com os pecadores quando os envolve com o amor e a solicitude pastoral dos ministros sagrados.

O Sacerdote atua "na pessoa de Cristo"! Esta identificação irrepetível entre Cristo e o sacerdote, delimitando a sua identidade, fica claramente desenhada na "Pastores dabo vobis" - "o Senhor estabelece uma estreita conexão entre o ministério confiado aos Apóstolos e a sua própria missão - ‘quem vos acolhe, acolhe-me a mim, e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou' (Mt 10, 40)"(cf. PDV 14). Os sacerdotes são chamados a prolongar a presença de Cristo, o único e Sumo Pastor.

O Padre é chamado a assumir sua identidade de tal maneira que, além da missão e do serviço, sua vida seja também o sinal de quem se consagrou a Deus com todo o seu ser, ou seja, o esforço da sua luta consiste em ir conseguindo, pouco a pouco, fazer transparecer o rosto de Jesus no seu semblante. A vida espiritual do Padre também deve estar dirigida, toda ela, para conseguir na tela de sua existência o perfil extraordinariamente atrativo do Bom Pastor. Essa tomada de consciência e a caminhada de aprofundamento para se configurar ao Cristo Pastor trarão um júbilo inigualável, do qual emanam os dons da paz e da alegria.

Outro dado completamente associado a esta configuração a Cristo é a santidade. A santidade é o resultado do crescimento pleno da graça batismal. A santidade é a consequência ordinária do amadurecimento da vida espiritual com as consequências existenciais na vida da pessoa. A exortação apostólica Pastores dabo vobis nos fala que essa vocação universal para a santidade "encontra particular aplicação no caso dos presbíteros - estes são chamados não só enquanto batizados, mas também e especialmente enquanto presbíteros, ou seja, por um título novo e de modo original, derivado do Sacramento da Ordem" (Pastores dabo vobis,19). Para o Sacerdote, "uma vocação específica à santidade, mais precisamente uma vocação que se fundamenta no Sacramento da Ordem. Temos alguns elementos que definem o conteúdo da especificidade da vida espiritual dos presbíteros: a sua consagração, que os configura a Jesus Cristo, cabeça e pastor da Igreja; a sua missão, típica dos presbíteros, que os compromete a serem "instrumentos vivos de Cristo, eterno Sacerdote" e a agirem "em nome e na pessoa do próprio Cristo"; enfim, a sua vida inteira vocacionada para testemunhar de modo original a radicalidade evangélica. Portanto, o padre está chamado de uma maneira especial à santidade pessoal para contribuir com o incremento da santidade da comunidade eclesial que lhe foi confiada. O Capítulo V da constituição conciliar Lumen Gentium nos fala sobre esta responsabilidade de levar a cabo a vocação universal à santidade.

Autor: Dom Orani João Tempesta, O. Cist
Fonte: http://www.zenit.org/article-25344?l=portuguese

Ortodoxos e Católicos devem prosseguir diálogo sobre a figura da do Papa

O Papa Bento XVI insistiu hoje na importância do diálogo empreendido com os ortodoxos sobre o primado petrino, frente ao alcance da unidade entre os cristãos.

Assim manifestou à delegação enviada pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, que se encontra em Roma para celebrar a solenidade de São Pedro e São Paulo, uma das festas mais antigas da cristandade, comum ao Oriente e ao Ocidente.

A delegação está encabeçada pelo metropolita de Sassima, Genadio (Limouris), que é também co-secretário da comissão mista internacional para o diálogo teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto.

Também participam nela o bispo de Arianzós, Bartolomeu (Ioannis Kessidis), e o diácono Theodoros Meimaris, da sede patriarcal do Fanar.

Dirigindo-se diretamente ao metropolita Genadio, o Papa afirmou que a comissão mista "se encontra em um ponto crucial, depois de ter começado a discutir, no último mês de outubro, em Paphos, sobre o papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja no primeiro milênio".

O Papa desejou que os membros da comissão "continuem por este caminho durante a próxima reunião plenária que se realizará em Viena, e dediquem o tempo necessário para o estudo profundo deste assunto tão delicado e importante".

Autor: Agência Zenit
Fonte: http://www.zenit.org/article-25358?l=portuguese

CATÓLICOS NO IRÃ - EM PERIGO DE EXTINÇÃO?

Visto que os cristãos fogem em grande número do Irã, tanto por razões políticas como religiosas, a comunidade cristã corre verdadeiro perigo de extinção, afirma o jornalista e observador das Igrejas do Oriente Médio Camille Eid. Nesta entrevista, o especialista explica como é a vida para um cristão que vive no Irã.

-O Irã tem 99% de muçulmanos e o islã é a religião do Estado. As raízes da Igreja no Irã são muito antigas e remontam ao século II. O cristianismo é a religião mais antiga do Irã?

-Eid: Não, temos duas comunidades mais antigas que o cristianismo. Em primeiro lugar, temos a comunidade zoroástrica, que remonta a vários séculos antes da chegada do cristianismo e do islã. Em segundo lugar, temos a comunidade judaica. A comunidade zoroástrica soma cerca de 20 mil pessoas, e a judaica, entre 20 e 35 mil. Estas duas comunidades são mais antigas que a cristã.

-Hoje, o Irã é mais de 99% muçulmano. Como o islã permeia a vida cotidiana?


-Eid: Se você estiver nas ruas de Teerã, ou em qualquer parte do país, verá o retrato dos mártires, do Aiatolá. Se você usar o telefone de uma cabine pública, escutará a voz do imame Hussein lhe dizendo o que fazer.

-Assim que você tira o telefone do gancho, ouvirá imediatamente uma voz (gravada) do imame?


-Eid: Sim. E nas escolas são permitidas diversas disciplinas, mas por meio da perspectiva que se baseia no Alcorão e no Hadit e outras ciências islâmicas.

-A imagem do Aiatolá está estampada na capa dos livros de catecismo?


-Eid: Exatamente. E pode ser uma forma de mostrar que os cristãos estão sob a proteção do regime e são considerados dhimmis (pessoas protegidas) na shariah islâmica. É uma forma de dizer que vocês (os cristãos) estão sob nosso regime (islâmico).

-Eu ia lhe perguntar sobre as patrulhas que fiscalizam se as mulheres se vestem de modo adequado.


-Eid: É assim. Algumas vezes utilizam a linha dura e outras, não, dependendo do regime. Sob Khatami, por exemplo, foram um pouco mais liberais porque as crianças podiam mostrar um pouco de sua cabeça. Sob Ahmadinejad é mais restrito.

-Atualmente a restrição é maior com a vestimenta completa?


-Eid: Sim. Só se deve mostrar o rosto. Há mulheres que cobrem as mãos e o rosto.

-O número de cristãos é de cerca de 100 mil em uma população de 71 milhões. Como são vistos os cristãos no Irã?


-Eid: Os cristãos são vistos como minorias étinicas porque são predominantemente armênios, e siro-caldeus. Temos 80 mil armênios ortodoxos que também são chamados de armenios gregorianos ou apostólicos, 5 mil católicos armênios, e cerca de 20 mil siro-cadeus, e mais outras comunidades como igrejas latinas, protestantes, que, todas juntas, somam entre 100 e 110 mil cristãos. São vistos como minorias étinicas e, como tais, não é permitido que celebrem seus ritos em parsi, mas sim em armênio ou caldeu.

-Para distingui-los como estrangeiros?


-Eid: Não só por isso, mas para evitar que sejam atrativos e compreendidos pelos iranianos locais.

-Para evitar que os iranianos se sintam atraídos pela fé?


-Eid: Sim, para evitar que os iranianos compreendam o que os cristãos dizem. Só houve um caso; foi em Teerã poucos dias depois da morte do Papa João Paulo II, e o sacerdote leu as Escrituras em parsi na presença das autoridades. Este foi um caso excepcional.

-Mas ainda assim o Parlamento reserva três assentos para os cristãos. Portanto, os cristãos têm voz dentro da estrutura parlamentarista?


-Eid: De fato, a República Islâmica conservou a Constituição de 1906, que reserva cinco assentos para as minorias - três para os cristãos, um para os zoroástricos, e outro para os judeus.

-Os direitos cristãos estão garantidos pela Constituição?

-Eid: Não. No artigo 13, é mencionado que todos os iranianos são iguais pela raça e pela língua, mas não se mencionada nada pela religião. No artigo 14, se me permite lê-lo: "todas as comunidades não-muçulmanas se absterão de tomar parte em conspirações contra o islã e contra a República islâmica do Irã". E por último, o artigo 19 estabelece: "todos iranianos de qualquer grupo étnico devem gozar dos mesmos direitos e a cor, raça ou língua não oferecem privilégio algum". Aqui também não há nenhuma referência à religião.

-Mas não diz, dentro do artigo 13 da Constituição, que os cristãos são permitidos de expressar seus desejos e praticar sua fé?


-Eid: Sempre que não formem parte de conspirações contra a República do Irã. O que significa isso? Significa protestar contra o regime? O problema do Irã é ser um regime teocrático. Assim a oposição ao regime como uma ação política pode ser interpretada como agir contra a República Islâmica.

Dentro da comunidade islâmica, estão os liberais e os conservadores. Ao protestar contra o Aiatolá Khamenei estão protestando contra o corpo político do regime ou contra o religioso? Quando têm a mesma formação o regime político e religioso, um ataque contra o corpo político é considerado um ataque a um aspecto religioso do regime teocrático.

-Quais as restrições que os cristãos enfrentam em sua vida diária?


-Eid: Bem, para os cristãos é difícil encontrar trabalhos na administração pública. Mesmo diretores de colégios cristãos são muçulmanos, mas com uma exceção. Em Ispahan, há três ou quatro anos, quando o governo nomeou um armênio para o Colégio Armeno. Mas na maioria dos casos os diretores das escolas cristãs são muçulmanos. Isso para os poucos colégios cristãos que ficaram após os confiscos de 1979 e 1980.

Outro exemplo no Exército. Há alguns anos descobriram que um oficial, o coronel Hamid Pourmand, havia se convertido ao cristianismo. Foi processado e foi levado à corte marcial, mas graças à pressão internacional pôde abandonar o Irã. É muito difícil que os cristãos estejam em cargos altos do governo no Irã.

-Que vida tem um muçulmano convertido?


-Eid: Nada pode confessar sua fé dentro do Irã. Só é possível se for ao estrangeiro. Conheço duas famílias iranianas na Itália que são convertidas. Uma das famílias cruzou a fronteira entre Irã e Turquia no inverno. Foi difícil, mas conseguiram asilo. Dentro do Irã não podiam expressar ou mostrar sua fé porque enfrentariam a morte. Não é Fácil.

-Queria tocar na questão da fuga de cristãos do Irã após a revolução islâmica de 1979. Cerca da metade da população cristã abandonou o país e existe, até onde pude ler e entender, cerca de 10 mil famílias que abandonam o Irã a cada ano. O que significa isso para a comunidade cristã no Irã?

-Eid: Tanto os muçulmanos quanto os não-muçulmanos sofrem com a pressão política, mas os cristãos sofrem o dobro, porque é o aspecto político do regime que é questionado pela maioria dos iranianos e, sobre este fato, há a pressão religiosa para os não-muçulmanos. Essa é a razão desta fuga massiva e, de fato, há um verdadeiro perigo de desaparecimento, de uma extinção do cristianismo no Irã.

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Esta entrevista foi realizada por Mark Riedemann para "Deus chora na Terra", um programa semanal produzido por Catholic Radio and Television Network (CRTN), em parceria com a organização católica Ajuda à Igreja que Sofre.

Autor: Agência Zenit
Fonte: http://www.zenit.org/article-25203?l=portuguese

Inseminação artificial - estudo revela problemas psicológicos dos nascidos

Paternidade anônima


As consequências de doar esperma

 
O aumento constante de inseminações artificiais e a utilização de esperma de doadores está levando a um crescente número de crianças que não conhecem a identidade de seus pais biológicos. Uma recente pesquisa considera que as consequências disso são refletidas na vida adulta.

Um estudo publicado pela Commission on Parenthood's Future (My Daddy's Name is Donor: A New Study of Young Adults Conceived Through Sperm Donation - O nome de meu pai é Doador: Um novo estudo sobre adultos jovens concebidos por doação de esperma), tem como autores Elizabeth Marquardt, Norval D. Glenn e Karen Clark.

Segundo o estudo, entre 30 mil e 60 mil crianças nascem a cada ano nos Estados Unidos por meio de doação de esperma. Trata-se, contudo, de uma estimativa por baixo, pois nenhum organismo recolhe estatísticas deste procedimento. Além disso, este é o primeiro estudo sério para avaliar o bem-estar de quem agora é adulto. A pesquisa também comenta que a doação de esperma é um fenômeno internacional. Pessoas de todo o mundo buscam doadores de esperma nos Estados Unidos devido à falta de regulamentações, e países como Dinamarca, Índia e África do Sul proporcionam também doadores de esperma para um crescente mercado de turismo de fertilidade.

Os autores fazem uma interessante comparação entre doação de esperma e adoção. A adoção é regida por normas estritas. Os pais adotivos são estudados de forma cuidadosa antes de adotar. Quando se trata da doação de esperma, pelo contrário, as mulheres vão buscar doadores em catálogos on-line que comparam qualidades físicas, inteligência e níveis profissionais, e tudo que necessitam fazer é pagar a transação.

Apesar da comparação com a adoção, os autores observam que com muita frequência seus amigos e colegas comentavam que a doação de esperma é quase como uma adoção. Para começar, esta não leva em conta as dificuldades que muitas crianças adotadas enfrentam com separações de suas origens biológicas, afirma a pesquisa.

Além disso, as crianças adotadas podem se conformar pensando que talvez suas mães os entregaram após uma luta difícil ou devido à circunstâncias extremas. Com a concepção de doador, a criança se dará conta de que somente foi uma transação comercial sem que o doador nunca pensasse em tê-la.

Danos

Para estudar a situação dos adultos concebidos por meio da doação de esperma, os autores entrevistaram mais de um milhão de lares e, depois, apresentaram uma mostra representativa de 485 adultos entre 18 e 45 anos que diziam que suas mães haviam utilizado esperma doado. Foram comparados com um grupo de 562 adultos que foram adotados quando crianças, e 563 adultos que cresceram com seus pais biológicos.

"Aprendemos que, em média, os adultos jovens concebidos por meio da doação de esperma sofrem mais, estão mais confusos e se sentem mais isolados de suas famílias", indica a pesquisa.

Não menos de 65% dos adultos concebidos por estas doações concordaram durante a entrevista com a seguinte afirmação: "O doador de esperma é a metade do que sou hoje". As mães ainda admitem sua curiosidade por saber quem são os pais de seus filhos.

Um pouco menos da metade destes adultos expressou seu mal-estar com suas origens. Muitos deles afirmaram que têm uma preocupação frequente.

Alguns deles se sentem como monstros - o resultado de experimentos de laboratório - enquanto que outros têm problemas de identidade. O fato de que o processo misture dinheiro também é fator de preocupação para muitos.

Outros expressaram seu mal-estar por terem sido um produto desenhado para satisfazer os desejos de seus pais. Não menos de 70% admitem ter perguntado como era a família de seu doador de esperma.

As preocupações da descendência dos doadores de esperma não se limitam a temas como a identidade ou a família, mas isso se estende ao médico. A pesquisa aponta que alguns doadores geraram dezenas de crianças, e há casos de cem ou mais. Assim que, adultas, estão preocupados por não conhecer seus meio-irmãos, ou que seus filhos possam se encontrar com o filho de um meio-irmão.

O tema da doação anônima de esperma tem sido um assunto polêmico em muitos países nos últimos anos. As críticas levaram Grã-Bretanha, Suécia, Noruega, Holanda, Suíça e algumas zonas da Austrália e Nova Zelândia a proibirem esta prática, observa a pesquisa. Nos Estados Unidos e Canadá, contudo, não existem restrições. A Igreja Católica se opõe a todos os procedimentos de inseminação artificial, mas como a pesquisa deixa claro, ainda que não se esteja de acordo com isso, há boas razões para estar a favor do direito das crianças saberem quem é seu pai e pôr fim à paternidade anônima.

A pesquisa também analisou temas sociais e psicológicos. Perguntados se antes dos 25 anos tiveram problemas com a lei, 21% dos filhos de doadores disseram que sim. Os números correspondentes aos filhos adotados e aos filhos que cresceram com seus pais biológicos foram de 18% e 11% respectivamente. Os resultados são similares para problemas como o álcool e o uso de substâncias.

Estes resultados permanecem constantes mesmo quando se controlam os resultados de variáveis sócio-econômicas e de outro tipo.

Em relação aos fatores variáveis, uma série de fatos interessantes surgiram no estudo. Por exemplo, 36% dos filhos de doadores disseram não ter crescido como católicos, em comparação com 22% das famílias adotivas e 28% que cresceram com seus pais biológicos. Esta é uma descoberta que chama a atenção, comenta a pesquisa, dada a oposição da Igreja Católica perante este tipo de prática.

32% dos adultos filhos de doadores disseram que o catolicismo é sua religião. Em contrapartida, um grande número de católicos nos outros dois grupos de controle havia abandonado a Igreja.

Segredo

Outra dificuldade que os filhos de esperma doado sofrem é o segredo sobre suas origens. Na maioria dos casos, os pais deixam que os filhos criem a princípio a ideia de que estão biologicamente relacionados com ambos. Logo, quando a criança descobre finalmente a verdade, sente que foi enganada e que a relação com o pai está adulterada. Isso gera desconfiança. 47% deles declaram que, enquanto cresciam, sua mãe havia mentido sobre temas importantes.

Isso tem como elemento de comparação 27% para os que foram adotados e 18% para os que cresceram com seus pais biológicos. A preocupação de que o pai tenha mentido mostra resultados similares.

Não é de surpreender que uma grande maioria dos adultos concebidos por meio da doação de esperma expresse seu apoio a saber tudo. Isto inclui a identidade do doador e o direito a ter algum tipo de relação com ele. Também dizem que queriam saber sobre a existência e o número de seus meio-irmãos. Atualmente, a lei nos Estados Unidos não dá nenhum destes direitos. Protege, de fato, os doadores e as clínicas de fertilidade, à custa das crianças concebidas.

Mas os problemas não terminam com o segredo. Os resultados do estudo mostraram que 44% dos adultos concebidos por doação se sentiam cômodos com a concepção por doação, sempre que os pais digam a verdade a seus filhos, preferencialmente desde pequenos. Contudo, 36% tinham reservas, ainda que seus pais dissessem a verdade, e 11% afirmaram que isso é difícil para os filhos, ainda que os pais lidem bem o assunto.

De fato, a pesquisa comenta que "somente a franqueza não parece resolver as potenciais perdas, a confusão e os riscos que derivam de filhos concebidos deliberadamente faltando ao menos um de seus pais biológicos".

A pesquisa conclui com uma série de recomendações. Entre elas estava a observação sobre a questão do histórico médico, fundamental para determinados tratamentos. E ainda questionava: "Uma boa sociedade pode criar intencionalmente filhos desta forma?" Uma pergunta digna de reflexão.

Autor: Pe. John Flynn, LC
Fonte: http://www.zenit.org/article-25342?l=portuguese

Os luteranos e suas posições quanto a pontos da Doutrina Católica

"Em nossas igrejas nada se ensina sobre os artigos da fé que seja contrário à Sagrada Escritura ou à Igreja Cristã Católica, havendo-se apenas corrigido alguns abusos, que, em parte, se introduziram por si mesmos com o correr do tempo"

Confissão de Fé de Augsburgo de 25 de junho de 1530, prólogo ao artigo 22.

Algumas vezes é dito que as igrejas de comunhão anglicana estão a "meio caminho" entre a Igreja Católica e o cristianismo protestante. Eles retém a liturgia, os sacramentos e os credos enquanto simultaneamente professam a supremacia da Bíblia na determinação da salvação.

Ao mesmo tempo existe uma outra família de igrejas, sob o nome de Martinho Lutero, que pratica uma versão um pouco diferente deste "meio termo". Os luteranos retiveram a liturgia e doutrina históricas da Igreja Católica (isto é, Universal), mantendo os santos sacramentos como significado da graça (incluindo a Real presença de Cristo na santa Eucaristia), professam os antigos credos e seguem o calendário da Igreja. Ao mesmo tempo os luteranos professam o evangelho da justificação pela fé e a firme crença nas Escrituras como firme medida de nosso conhecimento de Deus e de seu plano de salvação. Por essa razão poder-se-ia dizer que os luteranos são tanto católicos como protestantes, e ainda nem católicos nem protestantes. Este é o caminho intermediário natural entre estas duas.

Na história recente, os luteranos da América do Norte têm flertado com um protestantismo desgastado. Hoje a Igreja Evangélica Luterana na América (IELA), a maior da América do Norte, mantém plena comunhão com quatro igrejas calvinistas (Igreja Reformada na América, Igreja Presbiteriana [USA], Igrejas de Cristo Unidas e Igreja Morávia na América), nenhuma das quais acredita na presença real e física de Cristo na Eucaristia.Também divide o altar com a Igreja Episcopal, grupo que abandonou a teologia católica apesar de manter o ritual católico. Por isso há uma grande possibilidade de num futuro próximo a IELA venha a se tornar apenas mais um componente deste protestantismo ultra-liberal que tem abraçado.

Ao mesmo tempo, a Igreja Luterana - Sínodo de Missouri (ILSM), a segunda maior no continente, possui na própria igreja um movimento de crescimento que busca trazer de volta e conservar "evangélicas" e "não denominacionais" as igrejas que na melhor das hipóteses ignoram, e na pior delas rejeitam a liturgia, os sacramentos e os credos - em suma, a maior parte do que tem de ser "acreditado em qualquer lugar, sempre, e por todos" (famosa definição do que seja "católico") pela Igreja. Os luteranos não devem temer a oposição a estas tendências. É importante notar que, apesar do comum falar, luteranos não são protestantes.

A intenção de Martinho Lutero e daqueles que estão escritos na Confissão de Augsburgo era de Reformar, não Rejeitar, a Igreja como ele a tinha achado. Aparte às adições hiperbólicas de sentimentos anti-católicos por parte dos contemporâneos de Lutero, estes seguiram Lutero partilhando muitas práticas e pontos teológicos com Roma. Lutero travou batalhas intensas contra os "entusiastas" e "sacramentarianos" que recusavam o batismo infantil e a validade de um ministério ordenado, rejeitando a Real Presença de Cristo na Eucaristia, e de fato rejeitando todos os sacramentos como significado da graça de Deus.

As Igrejas Luteranas reconhecem e celebram os sacramentos do Santo Batismo, Santa Comunhão e Santa Confissão. Mantém as tradições das sagradas liturgias como expressão do Serviço Divino (Deus servindo seu povo pela palavra e pelos sacramentos), incluindo o sinal da cruz e os grandes hinos do Ofício Divino (Kyrie, Gloria Patria, Sanctus, Agnus Dei). Conservam o Ofício das Horas e o sagrado ministério. Professam os antigos credos da Igreja, o dos apóstolos, o Niceno e o Atanasiano, como reafirmação da verdadeira fé repetida desde os primeiros séculos da Igreja, incluindo a crença em uma "Única, Santa, Católica e Apostólica" Igreja. Em seu sermão de natal, Lutero disse que "aquele que quiser encontrar Cristo deve primeiro encontrar a Igreja... Aquele que quiser conhecer alguma coisa sobre Cristo não deve confiar em si mesmo nem mesmo erguer uma ponte até o paraíso pela sua própria razão; mas deve ir à Igreja escutar e questioná-la". Todas estas coisas separam os luteranos dos protestantes que rejeitam a Igreja e pensam que tudo o que precisam é de uma fé individual. Em vez disso, somos católicos.

Ao mesmo tempo, os luteranos são o povo da Sagrada Escritura que professam a Palavra de Deus como, pelas palavras de Lutero, "O que é verdadeiramente santo entre todas as coisas santas". Somos evangélicos no sentido real da palavra, professando a Boa Nova da salvação pela fé através da graça e sem qualquer mérito nosso. De fato, a escolha de "luteranas" para o nome das igrejas que aceitaram a reforma de Lutero deveria ser "evangélicas", e não "luteranas", como costumam ser conhecidas.

E mesmo que os luteranos partilhem seu fundamento na Palavra como os Protestantes, rejeitamos qualquer restauração sem sentido para "retornar à Igreja Primitiva". Ainda que este seja a vontade profunda da Igreja e a promessa de Deus de ser ela a esposa de Cristo, nunca houve um tempo em que a Igreja esteve sem manchas ou rugas (Ef 5,27) que servissem de modelo que poderíamos reproduzir. Mesmo entre os doze havia Judas!

Ainda que as igrejas luteranas carregem o nome de um homem, ela está fundada sobre a rocha que é Cristo e nos ensinamentos confiados aos seus apóstolos. As Igrejas Luteranas Ortodoxas são parte desta "una sancta", esta "Única, Santa, Católica e Apostólica" Igreja na qual todos os luteranos deve confessar. Acreditamos e proclamamos a Boa Nova. Somos tanto evangélicos quanto católicos, ao ponto de muitos luteranos chamarem-se de "evangélicos católicos". De fato, o assunto básico da Confissão de Augsburgo é que o real católico é luterano! Mas acima de tudo, NÃO SOMOS PROTESTANTES.

2001 Dare E. Paul.

Fonte: http://orthodoxlutheran.fws1.com/notprot.html. Tradução: Rondinelly Ribeiro.


Comentário


Apesar de os protestantes pentecostais e neopentecostais pensarem que doutrinas tais como Eucaristia e demais Sacramentos, Sagrada Liturgia e Ordens Eclesiásticas, além da fé firme no dogma mariano da Maternidade Divina de Maria, como vocês podem ver no site de onde tirei este texto, são exclusivamente católicas e erradas, vemos que existem aqueles que com firmeza digna de um católico rejeitam algumas doutrinas do protestantismo com a mesma veemência.

Claro que para nós, católicos, as coisas não são como estão ditas neste artigo. Cremos que a Igreja Luterana não possui um ministério devidamente ordenado e não há validade na sua Eucaristia apesar de eles acreditarem nela à semelhança nossa. Crêem ainda na "Sola Scriptura" como doutrina básica, entre outros "Solas". Os verdadeiros cristãos, ao contrário do que se fala no fim do texto, são católicos, e não luteranos.

Mas este texto é apenas mais um exemplo de como o protestantismo se encontra dividido contra ele mesmo, onde a convivência entre duas destas igrejas pode representar perigo, e não harmonia.

O autor fala que pelo fato de a maior igreja luterana dos Estados Unidos correr o risco de virar uma igreja protestante comum por estar em comunhão com igrejas doutrinariamente distraídas, quem sabe esta igreja luterana ortodoxa, com o tempo, não vai retornando à verdadeira doutrina, e terminar por aderir à comunhão católica? Sonhar não custa nada, não é verdade? Alguns avanços aconteceram já, como a assinatura da Declaração Conjunta de Justificação, lembram? Os estudos sobre Maria avançam cada vez mais colocando Maria, de fato, como membro efetivo na vida da igreja cristã. Quem sabe estas doutrinas nefastas de "Sola Scriptura" e outras não vão sendo esclarecidas, e deixadas pela verdadeira doutrina dos apóstolos?

Eu só queria estar vivo para poder presenciar a festa "pelo pecador que se converte".

[]s a todos
Rondinelly Ribeiro

"Para mim, é um sinal alentador que o patriarca ecumênico Bartolomeu I e o Santo Sínodo de Constantinopla compartilhem nossa firme convicção da importância deste diálogo", afirmou o Papa.

Por outro lado, aludiu à próxima celebração do Sínodo Especial para o Oriente Médio, no qual "o tema da cooperação ecumênica entre os cristãos desta região voltará a receber grande atenção".

Este tema, explicou, "destaca-se no Instrumentum laboris, que entreguei aos bispos católicos do Oriente Médio durante minha recente visita a Chipre, onde fui recebido com grande cordialidade fraterna por Sua Beatitude Crisóstomo II, o arcebispo de Nova Justiniana e de todo Chipre".

Neste sentido, valorizou muito o fato de que haverá uma delegação fraterna enviada pelo patriarca ecumênico Bartolomeu I.

"As dificuldades que os cristãos do Oriente Médio estão experimentando são, em grande medida, comuns a todos: viver como uma minoria, e o desejo de uma autêntica liberdade religiosa e de paz."

"O diálogo é necessário com as comunidades islâmica e judaica", sublinhou Bento XVI.

O Papa concluiu reconhecendo que as relações entre ortodoxos e católicos "se caracterizam por sentimentos de confiança mútua, estima e fraternidade, como foi amplamente testemunhado nas numerosas reuniões que aconteceram ao longo deste ano".

"Tudo isso dá motivos para a esperança de que o diálogo católico-ortodoxo também continuará progredindo em bom ritmo", acrescentou.

Autor: Dare E. Paul
Tradução: Rondinelly Ribeiro
Fonte: http://www.veritatis.com.br/apologetica/protestantismo/666-luteranos-nao-sao-protestantes

Medicina e milagres - um livro que oferece respostas para céticos

Os católicos estão acostumados a ouvir falar sobre milagres e pessoas que são curadas pela intercessão dos santos, mas a cultura materialista de hoje muitas vezes olha para isso com certo ceticismo.

O escritor britânico John Cornwell acabou de publicar, no final de maio, um livro sobre o cardeal John Henry Newman, e o Sunday Times deu, há pouco tempo, um amplo espaço para expressar dúvidas sobre a vericidade do milagre que o Vaticano aprovou como base para a beatificação de Newman no próximo mês de setembro.

Em seu artigo de 9 de maio, Cornwell indica que a documentação vaticana do milagre "entra no reino da linguagem medieval surpreendentemente obscura". Cornwell continua a levantar dúvidas sobre a seriedade médica da cura, não se esquecendo de acrescentar diversas críticas a Bento XVI.

Cornwell não está sozinho quando se trata de difamar o uso das curas milagrosas. No mês de dezembro de 2009, após o anúncio em Roma da aprovação do milagre para a canonização da irmã australiana Mary MacKillop, um especialista em medicina de Sydney, David Goldstein, expressava suas dúvidas. Em um artigo publicado em 22 de dezembro no jornal Australian, ele dizia que é impossível determinar se as melhoras dos quadros clínicos dos pacientes são resultado das orações.

O bispo anglicano de North Sydney, Glenn Davies, também se mostrava crítico, segundo uma reportagem do Australian a 24 de dezembro. "Quem pode provar que os milagres referidos foram verdadeiramente obra de Mary MacKillop?", perguntava o bispo Davies.

Felizmente, Jacalyn Duffin, uma doutora que ostenta a Cátedra Hannah de história da medicina na Queen's University de Ontário, Canadá, publicou no ano passado um manual para tratar estas e outras objeções. Em seu livro Medical Miracles, Doctors, Saints and Healing in the Mondern World (Milagres Médicos: Doutores, Santos e Cura no Mundo Moderno) (Oxford University Press), ela examina 1.400 milagres citados em canonizações desde 1588 até 1999.

Sua curiosidade por outros milagres foi despertada quando foi pedido que ela examinasse algumas mostras de tecido, que posteriormente soube que fazia parte de um processo de canonização. Ao receber como presente uma cópia da positio, documentação do milagre, Duffin se deu conta repentinamente de que deveriam existir tais registros para cada santo canonizado.

Durante diversas estâncias em Roma, investigou centenas destes registros. Duffin calcula que já investigou cerca de um terço de todos os milagres depositados nos arquivos vaticanos desde que se estabeleceram as regras que regem as canonizações em 1588.

Evidências

A nova regulamentação que forma parte das mudanças da Contra-Reforma requeria uma compilação cuidadosa das evidências e um exame minucioso do material dos peritos médicos e científicos. Paolo Zacchia (1584-1659) teve um importante papel na formulação das diretrizes, explica Duffin.

Em seus escritos, apresentava uma explicação dos diversos tipos de milagres e definia que, para que uma cura fosse considerada milagrosa, deveria ser de uma doença incurável e a recuperação deveria ser completa e instantânea. Duffin observa que os peritos médicos que trabalhavam para o Vaticano continuaram citando Zacchia até o início do século XX.

Alguns criticam que as curas físicas sejam base para declarar santos, mas Duffin comenta que a necessidade de evidências credíveis levava o processo de seleção até as curas porque podia haver testemunhos independentes, incluindo os médicos.

Ao longo do tempo houve mudanças em algumas modalidades do processo de canonização, mas considerando os registros dos últimos quatro séculos, Duffin declarou que estava impressionada com a notável estabilidade no compromisso com a ciência.

De fato, a Igreja sempre confiou em um ceticismo científico para provar a vericidade dos milagres. Nos registros dos milagres que Duffin examinou, descobriu que as autoridades religiosas se abstinham do julgamento da atividade sobrenatural até que se convencessem de que os peritos estavam preparados para qualificar os acontecimentos como inexplicáveis.

"A religião confia no melhor da sabedoria humana antes de se aventurar em um julgamento da doutrina inspirada", estabeleceu Duffin.

Um ponto que ela adiciona a esta relação entre religião e ciência é que era a religião quem tendia a estar mais cômoda, não o contrário.

Nos processos, alguns médicos mostravam seu desacordo, como se sua cooperação constituísse a uma traição a seu pacto com a ideia da medicina ocidental, que recusa a proposição de que as curas sejam de origem divina.

Duffin observa que, no século XIX, católicos e protestantes colocaram em questão se a ausência de uma explicação para cura significava verdadeiramente que o fato seria um milagre. Esse debate continua, acrescenta, como quando um de seus colegas lhe explicava que, ainda que não possamos saber a explicação natural, esta deve existir.

Duffin se opõe, contudo, que tal atitude não enfrenta verdadeiramente a questão mais crucial, quando se trata de milagres médicos. A atitude positivista, que rejeita aceitar os milagres, adota a postura de que se há algo maravilhoso, devemos rejeitá-lo como uma ilusão ou uma mentira, porque só existe o mundo natural. Tal confiança na explicação natural é, de fato, uma crença que mascara o fato, diz Duffin. Em outras palavras, afirmar que um milagre simplesmente não pode ocorrer não é mais racional e não menos ato de fé que a afirmação de que os milagres podem acontecer.

A diferença entre as posturas religiosas e positivistas residem na interpretação das evidências, comenta Duffin. O cânon médico está imerso em uma tradição antideísta, enquanto que para a religião devem-se esgotar todas as explicações científicas plausíveis, após a qual se está preparado para declarar um milagre.

Em ambas posturas se abandona o que é desconhecido, mas os observadores religiosos estão preparados para aceitar a atuação divina.

Conhecimento médico

Ainda que alguns possam rejeitar a possibilidade de intervenção divina, a Igreja Católica é certamente cuidadosa ao utilizar todos os recursos da medicina para eliminar qualquer explicação natural das curas. Em um dos capítulos do livro, Duffin examina a utilização do conhecimento médico no processo de canonização.

Para começar, o Vaticano não reconhece milagres de cura em pessoas que rejeitaram a medicina ortodoxa para confiar somente na fé. A intervenção dos médicos proporciona uma evidência médica que evita qualquer possível manipulação do caso em questão.

Nos estudos dos arquivos, Duffin encontrou que o predomínio dos testemunhos dos doutores aumentou com o tempo. Os arquivos que revisou mostravam que no século XVII era nomeada uma média de um médico por cada registro, mas só uma pequena proporção deles contribuía com testemunhos pessoalmente. Depois de 1700, contudo, quase um terço, ou mais, dos médicos mencionados em um registro proporcionavam em pessoa seu testemunho.

Na segunda metade do século XVII, as evidências dos médicos que tratavam de pacientes foi complementada com observadores médicos independentes. Em algumas ocasiões, o número de médicos peritos consultados aumentou até igualar ou ainda ultrapassar aos médicos que tratavam o paciente.

Duffin também destacou que a Igreja não confiava exclusivamente em médicos católicos. As investigações examinavam a fé de todos os testemunhos, incluindo dos médicos. Antes do século XX, a maioria dos milagres procediam de países europeus onde a maioria dos médicos eram católicos. Muitos, no entanto, admitiam que não praticavam de forma regular sua fé, e diversos deles ainda tinham sido excomungados. Ainda assim, nenhum foi desqualificado como testemunha.

Em tempos mais recentes, foram utilizados médicos que pertenciam a outras religiões, que abertamente não professavam religião alguma.

Finalmente, só se declara um milagre quando os médicos estão dispostos a admitir sua própria impossibilidade de conhecimento sobre como uma pessoa se recuperou, após a falha da melhor medicina científica. Algo difícil de ser admitido pela mentalidade contemporânea, orgulhosa por seu conhecimento, e pela ciência moderna.

Autor: Pe. John Flynn, L. C.
Fonte: http://www.zenit.org/article-25204?l=portuguese

Papa Pio XII - Obras e virtudes, contadas por sua principal biógrafa

Entrevista a Margherita Marchione, autora de 10 livros sobre a vida deste Papa
 

A praia de Santa Marinella, muito próxima de Roma, era um dos lugares onde Eugenio Pacelli (que depois se tornaria o Papa Pio XII) costumava passar as férias de verão. Ali se colocou, no dia 5 de junho, um busto de bronze, em sua homenagem.

A Ir. Margherita Marchione, da comunidade das Mestras Pias Filipinas, entregou na quarta-feira passada o busto ao Papa Bento XVI, Praça de São Pedro, depois da audiência. "São tantas as fotografias que me vêm em poucos segundos", diz a religiosa, enquanto olha fotos do encontro com o pontífice.

Essa religiosa, nascida em New Jersey (EUA), em 1922, filha de pais italianos, é doutora em filosofia pela Columbia University de Nova York. Dedicou-se a escrever e pesquisar a obra e vida de personagens como Clemente Rebora, Giovanni Boine, Giuseppe Prezzolini, Filippo Mazzei. Nos últimos 15 anos, estudou e publicou 10 livros em inglês e italiano sobre Pio XII.

Nesta entrevista a ZENIT, ela explica a obra e as virtudes do Papa Pacelli.

ZENIT: A senhora conheceu pessoalmente Pio XII. Conte-nos essa experiência.

Ir. Margherita Marchione: Eu o vi na Basílica de São Pedro em 1957. Vim a Roma com sua sobrinha Elena Rossignani Pacelli. Estávamos na primeira fila e ele se aproximou. Beijei-lhe as mãos e lhe falei. Ele me fez algumas perguntas. Queria saber o que fazia em Roma. Eu já era religiosa. Viajava, pesquisava e lhe falei de minha tese sobre o poeta Clemente Rebora. Ele perguntou por minha família e me deu a bênção.

Para mim esta foi uma ocasião impressionante. Recordo-a muito. Ele me falou como se fôssemos amigos de muitos anos. Comoveu-me sua gentileza, seu sorriso. As emoções que senti nesse dia, as impressões que tive são preciosas, indeléveis. Ele emanava santidade.

ZENIT: Por que decidiu tornar-se a principal biógrafa do Papa Pacelli?

Ir. Margherita Marchione: Em 1995, quase 40 anos depois de meu encontro com Pio XII, vim a Roma para um capítulo geral e soube que nossas irmãs, as Mestras Pias Filipinas, tinham salvo em três conventos nossos 114 judeus. Maravilhei-me e disse: como é possível? Essas são as coisas que ninguém escreve! Então me interessei mais por Pio XII, falei com as irmãs que ainda estavam vivas e me comoveu muito o trabalho que fizeram, assim como tantos outros italianos, ao esconder os judeus em nossos conventos em Roma.

Quando regressei aos EUA, comecei a me interessar. Entrevistei vários judeus que tinham sido nossos hóspedes e assim escrevi o primeiro livro em inglês, intitulado Yours is a precious witness. (Seu testemunho é precioso, N. do T.). Falaram-me do trabalho da Igreja para salvar muitos deles. Depois escrevi uma dezena de livros mais. Pude entrevistar pessoas que sofreram verdadeiramente, que estiveram aqui em Roma naquele tempo. Abandonei todos os outros interesses e me dediquei a escrever só sobre Pio XII.

ZENIT: Como foi o trabalho que suas irmãs de comunidade desempenharam para esconder os judeus?

Ir. Margherita Marchione: As irmãs em todos os conventos foram muito solícitas para escondê-las (as mulheres judias). Davam-lhes de comer. Para elas também faltava alimento, mas, apesar disso, davam a metade para as judias. Se os nazistas não tivessem acreditado na irmã que lhes disse que não havia ninguém escondido, não só estas mulheres, mas também as religiosas que as alojavam teriam sido enviadas para Auschwitz. Ou seja, foi preciso muita coragem. Eu admiro o que fizeram e queria divulgar isso.

ZENIT: Outra de suas obras fala do silêncio de Pio XII...

Ir. Margherita Marchione: Sim. Alguns judeus o acusam de silêncio, mas isso não é certo. Seu silêncio era prudente. Ele fez todo o possível para salvar os judeus, nos bastidores, pode-se dizer. Mas ele não podia colocar-se em confronto com os EUA, Inglaterra, Alemanha ou com os países russos.

A obra caritativa de Pio XII foi universal, magnânima, assídua e, sobretudo, cristã e paterna no sentido mais profundo desse termo. Pio XII manteve uma rede diplomática no Vaticano durante toda a guerra. Interessava-se pessoalmente por cada caso humano que conhecia. Jovens e velhos recorriam a ele para ter ajuda e para encontrar seus parentes desaparecidos. Diariamente chegavam numerosos pedidos de todos os países do mundo e todos recebiam sua atenção.

Para permitir a correspondência com as famílias dos prisioneiros, instituiu o departamento de informação para as buscas: um arquivo único no mundo que continha notícias sobre os prisioneiros de guerra. A tarefa destes pessoal da Santa Sé era informar as famílias sobre o estado dos prisioneiros.

ZENIT: que pensa dos julgamentos que às vezes fazem de Pio XII?

Ir. Margherita Marchione: A história deve contar a verdade. Que a Igreja Católica salvou mais de 5.000 judeus só em Roma. Não reconhecer isso é uma vergonha. Por isso, quando escrevo, para mim é necessário dizer a verdade.

Em meu livro Pope Pius XII, quis dar a conhecer as virtudes teologais e cardinais de Pio XII. Dou-lhe só alguns exemplos: ele comia pouquíssimo, não bebia licor ou o mesclava com água durante as refeições, não comia doce, era muito mortificado e de um caráter muito forte. Era um homem de fé, esperança e caridade.

ZENIT: Falemos da personalidade deste Papa...

Ir. Margherita Marchione: Ele estava dotado dos dons do Espírito Santo e em grau heróico, com todas as virtudes: teologais e cardinais. Era orante, era uma pessoa muito serena, tranquila, dedicado a cada dever como pontífice. Por sua própria natureza, era uma mescla entre uma pessoa tolerante e humilde e preferia os ambientes serenos e tranquilos. Doçura versus severidade, persuasão versus imposição. Era muito humilde e sincero, para ele, todos eram iguais. Eu o recordo como um santo, e isso basta.

Autor: Carmen Elena Villa
Fonte: http://www.zenit.org/article-25205?l=portuguese

terça-feira, 5 de julho de 2011

VALE A PENA REFLETIR

SERÁ QUE DEUS É CULPADO ?

 

Finalmente a verdade é dita na TV Americana.

 

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:

 

'Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?'
 
Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:

 

'Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.
 
Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.
 
Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou.
Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?'

 

À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc...
 
Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.
 
Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas...

 

A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.
 
Logo depois o Dr.. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos:
 
'Um perito nesse assunto deve saber o que está falando'.

 

E então concordamos com ele.

 

Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal.

 

Então foi decidido que nenhum professor poderia disciplinar os alunos...(há diferença entre disciplinar e tocar).

 

Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem.

 

E nós aceitamos sem ao menos questionar.
 
Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade.

 

E nós dissemos: 'Está bem!' 
 
Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.

 

E nós dissemos:

 

'Está bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso'.

 

Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de Crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.
 
Agora nós estamos nos perguntando porque nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado;

 

porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...

 

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender:
 
nós colhemos só aquilo que semeamos!!!

 

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus:

'Senhor, porque não salvaste aquela criança na escola?'

A resposta dele:

'Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!!!'
 
É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno.

 

É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue ensina.
 
É triste como alguém diz:

 

'Eu creio em Deus'.

 

Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal,também ''Crê'' em Deus.
 
É engraçado como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados!
 
Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!
 
É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho.
 
Você mesmo pode não querer reenviar esta mensagem a muitos de sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado.
 
Não é verdade?

 

Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que Deus pensa... 
 
'Garanto que Ele que enxerga tudo em nosso coração está torcendo para que você, no seu livre arbítrio, envie estas palavras a outras pessoas'. 
 
 
 "O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da Terra."

Fonte: Internet