segunda-feira, 18 de março de 2013

ABORTO: DANOS E CONSEQÜÊNCIAS

Fala-se muito de aborto, poucas vezes, porém, se fala de suas complicações, seus danos e conseqüências. Por essa razão, apresentamos estas observações, para sua informação e reflexão. 

Complicações imediatas do aborto, segundo o método empregado.

A - Método da Aspiração

1. Laceração do colo uterino provocada pelo uso de dilatadores.

Conseqüências: 

- insuficiência do colo uterino, favorecendo abortos sucessivos no primeiro e no segundo trimestre (10% das pacientes); 

- partos prematuros, na 20ª ou 30ª semana de gestação. 

2. Perfuração do útero

Acontece quando é usada a colher de curetagem ou o aspirador; mais frequentemente, através do histerômetro (instrumento que mede a cavidade uterina). O útero grávido é muito frágil e fino; pode ser perfurado sem que o cirurgião se dê conta. É uma complicação muito séria. 

Conseqüências: 

- infecção e obstrução das trompas, provocando esterilidade; 

- intervenção para estancar a hemorragia produzida; 

- perigo de lesão no intestino, na bexiga ou nas trompas; 

- a artéria do útero, nesses casos, frequentemente, é atingida, criando a necessidade de histerectomia (extirpação do útero), se não for possível estancar a hemorragia. 

3. Hemorragias uterinas

Perda de sangue ou fortes hemorragias causadas pela falta de contração do músculo uterino. As perdas de sangue são mais intensas se a gravidez for avançada. Essas perdas são de 200 ml na 10ª semana de gravidez, 350 na 12ª, 450 na 13ª semana... 

Conseqüências: 

- necessidade de transfusão de sangue; 

- ablação do útero, se a hemorragia não for estancada. 

4. Endometrite (inflamação) pós-aborto (infecção uterina secundária, decorrente do aborto).

Apesar dos antibióticos administrados antes do aborto; há grande incidência de infecções e obstrução de trompas. 

Conseqüências: 

- esterilidade 

- Gravidez ectópica (fora do lugar apropriado). 

5. Evacuação incompleta da cavidade uterina. Necessidade de prolongar a sucção e de fazer uma curetagem imediata.

Danos e conseqüências: 

- possibilidade de extração do endométrio (mucosa uterina); 

- formação de aderências no interior do útero e, como conseqüência, esterilidade, frequentemente amenorréia (ausência de menstruação); 

- possibilidade de placenta prévia na gravidez seguinte, criando a necessidade de cesariana. 

B. A chamada Extração Menstrual

É possível que a paciente não esteja grávida. 

Pode ocorrer uma extração incompleta (o ovo frequentemente não é extraído, tornando necessária uma curetagem). 

C. Método das Laminárias

(tampão esterilizado feito de algas marinhas) 

Pode ocorrer que fique preso tornando-se necessária uma histerectomia (extração do útero). 

Conseqüências: 

- infecções graves por causa da presença de corpo estranho 

- as mesmas da histerectomia. 

D. Solução Hipertônica Salina (Gravidez de 12 a 20 semanas)

Complicações muito sérias: 

- retenção da placenta e hemorragia (50% necessitam de curetagem). 

As mesmas complicações que uma curetagem pode produzir, com o agravante de uma possível perfuração do útero e da formação de aderências; 

- infecção e endometrite (inflamação da mucosa do útero); 

- hemorragia; 

- coagulopatia e hemorragia abundante; 

- intoxicação por retenção de água; efeitos secundários do soro salino e da pituita que podem causar falhas de funcionamento do coração e morte; 

- perigo de entrada de solução salina na corrente sanguínea da mãe com efeitos mortais; 

- possibilidade de gravidez mais avançada do que a informada pela mãe e, na ausência de um exame sério, poderia abortar uma criança de 2 quilos ou 2 quilos e meio. Esse tipo de aborto apresenta um perigo dez vezes superior à curetagem. A mortalidade vai de 4 a 22 por mil. 

As razões do aborto denominado terapêutico são uma contra-indicação para o aborto através de solução salina. 

E. Histerectomia (extração total do útero) 

Complicações: 

Os mesmos perigos e complicações de toda cirurgia intra-abdominal: hemorragia, infecção, peritonite, lesões da bexiga e dos ureteres. Complicações variadas em 38 a 61 por mil. 

Complicações tardias do aborto

1 - Insuficiência ou incapacidade do colo uterino. 

2 - Aumento da taxa de nascimentos por cesariana (para permitir que o bebê consiga viver mesmo que prematuro). 

3 - Danos causados às trompas por possível infecção pós-aborto, causando infertilidade (em 18 % das pacientes). Maior número de complicações em mulheres grávidas que anteriormente provocaram aborto (67,5% entre as que abortaram e 13,4 entre as que não abortaram). 

Dentre todas as complicações, a mais grave é a hemorragia, que transforma a nova gravidez em gravidez de alto risco. 

4 - O aborto pode provocar complicações placentárias novas (placenta prévia), tornando necessária uma cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança. 

5 - O aborto criou novas enfermidades: síndrome de ASHERMAN e complicações tardias, que poderão provocar necessidade de cesariana ou de histerectomia. 

6 - Isoimunização em pacientes Rh negativo. Aumento, conseqüentemente, do número de gravidez de alto risco. 

7 - Partos complicados. Aumento do percentual de abortos espontâneos nas pacientes que já abortaram. 

Conseqüencias sobre a criança não nascida 

1 - Sobre a criança abortada:

- dores intensas (o feto é sensível à dor); 

- morte violenta; 

- aborto de crianças vivas que se deixam morrer. 

2 - Sobre as crianças que nascem depois

Perigos e complicações: 

- abortos de repetição no primeiro e no segundo trimestre de gravidez; 

- partos prematuros; 

- nascimento prematuro, através de cesariana, para salvar a vida da mãe e da criança. Trinta e três por cento de abortos são abortos em que as crianças nascem em posição invertida (de nádegas). 

- parto difícil, contrações prolongadas; 

- Gravidez ectópica (fora do lugar) nas trompas, podendo ser fatal para a mãe - para o feto o é sempre - (a gravidez ectópica, nas trompas, é oito vezes mais frequente depois de aborto provocado; 

- malformações congênitas provocadas por uma placenta imperfeita; 

- morte perinatal por prematuridade extra-uterina (50% morrem no primeiro mês de gravidez); 

- os prematuros que sobrevivem com freqüência são excepcionais (paralisia cerebral, disfunções neurológicas etc.). 

O ABORTO É A MORTE VIOLENTA DE UM SER HUMANO: É A DESTRUIÇÃO DO AMBIENTE NATURAL PARA O SEU DESENVOLVIMENTO. 

Conseqüências psicológicas

a) Para a mãe:

- queda na autoestima pessoal pela destruição do próprio filho; 

- frigidez (perda do desejo sexual); 

- aversão ao marido ou ao amante; 

- culpabilidade ou frustração de seu instinto materno; 

- desordens nervosas, insônia, neuroses diversas; 

- doenças psicossomáticas; 

- depressões; 

O período da menopausa é um período crucial para a mulher que provocou aborto. 

b) Sobre os demais membros da família:

- problemas imediatos com os demais filhos por causa da animosidade que a mãe sofre. Agressividade - fuga do lar - dos filhos, medo destes de que os pais se separem, sensação de que a mãe somente pensa em si. 

c) Sobre os filhos que podem nascer depois:

- atraso mental por causa de uma malformação durante a gravidez, ou nascimento prematuro. 

d) Sobre o pessoal médico envolvido:

- estados patológicos que se manifestam em diversas formas de angústia, sentimento de culpa, depressão, tanto nos médicos quanto no pessoal auxiliar, por causa da violência contra a consciência. 

Os abortos desmoralizam profissionalmente o pessoal médico envolvido, porque a profissão do médico é a de salvar a vida, não de destrui-la. 

Conseqüências sociais

O relacionamento interpessoal, frequentemente, fica comprometido depois do aborto provocado. 

a) Entre os esposos ou futuros esposos:

- antes do matrimônio: muitos jovens perdem a estima pela jovem que abortou, diminuindo a possibilidade de casamento; 

- depois do casamento: hostilidade do marido contra a mulher, se não foi consultado sobre o aborto; hostilidade da mulher contra o marido, se foi obrigada a abortar. 

O relacionamento dos esposos pode ficar profundamente comprometido. 

É evidente que as conseqüências, a longo prazo, sobre a saúde da mãe podem complicar seriamente a estabilidade familiar. 

b) Entre a mãe e os filhos:

- muitas mulheres temem a reação dos filhos por causa do aborto provocado; 

- perigo de filhos prematuros e excepcionais, com todos os problemas que isso representa para a família e a sociedade. 

c) Sobre os médicos 

- sobre os médicos que praticam o aborto fora de um centro autorizado: correm o perigo de serem denunciados. Todos, em geral, estão sujeitos a denúncias por descuidos ou negligências na prática do aborto. 

d) Sobre os médicos e o pessoal de saúde envolvidos em abortos legais:

- possibilidade de perda de emprego se negarem a praticar aborto por questão de consciência; 

- possibilidade de sobrecarga de trabalho, por causa do aumento do número de abortos. 

e) Sobre a sociedade em geral:

1. Sobrecarga fiscal sobre os cidadãos que pagam impostos: 

- aborto pago pela previdência social; 

- preço pago por crianças que nascem com defeitos em conseqüência de abortos provocados. 

2. Relaxamento das responsabilidades específicas da paternidade e da maternidade; o aborto, com freqüência, substitui o anticoncepcional. 

3. Tendência ao aumento de todo tipo de violência, sobretudo contra os mais fracos. Conseqüência: infanticídio e eutanásia. 

4. Aumento das doenças psicológicas no âmbito de um setor importante para a sociedade, particularmente entre as mulheres de idade madura e entre os jovens. 

5. Aumento considerável do número de pessoas com defeitos físicos ou psíquicos, com todas as conseqüências que isso significa para a sociedade em geral.

Fonte: http://www.providafamilia.org.br/doc.php?doc=doc80915

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