As três pessoas da Santíssima Trindade estabelecem uma comunhão e união
perfeita, formando um só Deus, e constituem um perfeito modelo
transcendente para as relações interpessoais. Elas possuem a mesma
natureza divina, a mesma grandeza, sabedoria, poder, bondade e
santidade, mas, em algumas vezes, certas actividades são mais
reconhecidas em uma pessoa do que em outra. As funções, as suas
principais actividades desempenhadas e o seu modo de operar está
registado nas Sagradas Escrituras e claramente resumido no Credo
Niceno-Constantinopolitano, o credo oficial de muitas denominações
cristãs.
Pai – Não foi criado nem
gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio” da vida e está
em absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Foi o Pai que
enviou o seu Filho, Jesus Cristo, para salvar-nos da morte espiritual,
pelo sacrifício vicário. Isto revela o amor infinito de Deus sobre os
homens e o não-abandono aos seus filhos adoptivos. O Pai, a primeira
pessoa da Trindade, é considerado como o pai eterno e perfeito. É
atribuído a esta pessoa divina a criação do mundo.
Filho – Gerado pelo Pai e
consubstancial (pertencente à mesma natureza e substância) a Ele. Não
foi criado pelo Pai, mas gerado na eternidadade da substância do Pai.
Encarnou-se em Jesus de Nazaré, assumindo assim a natureza humana. O
Filho, a segunda pessoa da Trindade, é considerado como o Filho Eterno
(Filho sob a ótica humana no sentido de que se tornando homem, deixou
sua divindade, tornando-se totalmente dependente de Deus), com todas as
perfeições divinas: a Ele é atribuída a redenção (salvação) do mundo.
Espírito Santo – Não foi criado
nem gerado. Esta pessoa divina personaliza o Amor íntimo e infinito de
Deus sobre os homens, segundo a reflexão de Agostinho. Manifestou-se
primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus e plenamente
revelado no dia de Pentecostes. Habita nos corações dos fiéis e
estabelece entre estes e Jesus uma comunhão íntima, tornando-os unidos
num só Corpo. O Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, é
considerado como o puro nexo de amor. Atribui-se a esta pessoa divina a
santificação da Igreja e do mundo com os seus dons.
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