quarta-feira, 14 de março de 2012

Ex-terrorista afirma que João Paulo II impulsionou sua conversão

A carta que em 1991 João Paulo II enviou a Carlos Turrin Villanueva, preso durante dez anos por delito de terrorismo na Penitenciária Castro Castro (Lima, Peru), foi um fresco impulso em seu processo de conversão, pois acrescentou sua fé e o inspirou a "continuar trabalhando na evangelização dentro do cárcere".

Em entrevista concedida à ACI Prensa no dia 4 de maio, Turrin, em liberdade desde 1999, disse que meses antes de receber a missiva papal, havia escrito ao agora Beato João Paulo II sem esperar resposta, pois "de tantas ocupações que ele tem, de milhares de cartas que receberá, jamais pensei que ele ia ler a carta de um presidiário".

Em sua mensagem, o Papa lhe agradeceu "o delicado gesto de escrever-lhe uma atenta carta", por isso "por mediação da Virgem Santíssima pede ao Senhor que o fortaleça na fé e lhe conceda contínua paz e prosperidade cristã", além de outorgar a Turrin e seus seres queridos a Bênção Apostólica.

O envelope foi entregue pelo então Arcebispo de Lima, Cardeal Augusto Vargas Alzamora, com quem Turrin tinha desenvolvido uma amizade epistolar, pois também intercambiaram correspondência por um tempo prolongado.

Turrin também relatou à ACI Prensa as dificuldades da vida cristã e o apostolado ao interior da Penitenciária Castro Castro, pois "dentro do pavilhão 4B (onde ele se encontrava encerrado) nessa época, falo-lhes do ano 1989, 1990, o único que podia dirigir e controlar o pavilhão era o Sendero Luminoso e nós fomos o inimigo".

"Os principais líderes que dirigíamos as pequenas comunidades cristãs foram objeto de ameaças de morte, ameaças psicológicas, golpes físicos, maus tratos. Quase todos fomos maltratados física e psicologicamente, mas era o custo de nossa conversão e o assumíamos", afirmou.

Para Turrin, a ferocidade com a que o grupo terrorista ao qual alguma vez pertenceu os atacava se devia a que no apostolado "começamos com dois internos, logo fomos cinco, 15, chegamos até perto de 80, 100 internos, e isso já incomodava o Sendero Luminoso".

"Chegou um tempo em que o detento evangelizava o detento, nós assumíamos a liderança, porque nessa época era quase impossível que ingressassem sacerdotes ou religiosas", assinalou ao ACI Prensa.

Eventualmente, contou Turrin, "chegou-se a fundar 12 comunidades cristãs, um em cada pavilhão. Muitos internos cada ano se consagravam à Virgem Maria. Logo chegamos inclusive ao extremo de organizar festivais pela vida e a paz, atividades muito fortes e inéditas porque vivíamos em regime fechado já nessa época".

"Entretanto, Deus permitiu que se realizassem todas essas atividades, como se estivéssemos livres, com prêmios, concursos, etc.".

Carlos Turrin relatou à ACI Prensa que ver a beatificação de João Paulo II "foi uma profunda experiência, porque efetivamente dentro de mim pensava como este Santo Padre que se dignou escrever-me uma carta, hoje era beatificado".

"Já desde a prisão líamos suas obras, seus trabalhos e sempre dizíamos entre nós, comentávamos, que já era um santo".

Atualmente, Turrin continua o trabalho evangelizador em três centros penitenciários da capital peruana através da comunidade de Ação Pastoral Carcerária, instituição integrada por ex-internos e pessoas de boa vontade que se voluntariam.

Autor: ACI - Digital
Fonte: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21745

PAPA BENTO XVI ADVERTE DOS PERIGOS DA SOCIEDADE "LÍQUIDA"

Apresenta como alternativa a sociedade “da vida digna e da beleza”


Por Jesús Colina

VENEZA, domingo, 8 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Ao concluir sua visita a Veneza na tarde deste domingo, Bento XVI advertiu os católicos dos perigos da atual sociedade “líquida”, sem estabilidade nas relações humanas e relativista. O Papa propôs como alternativa o modelo de sociedade “da vida e da beleza”.

O encontro com o mundo da cultura e da economia, último grande evento de sua viagem de dois dias a Aquileia e Veneza, deu-lhe oportunidade para apresentar sua radiografia da cultura “líquida”, conceito cunhado pelo filósofo polonês Zygmunt Bauman (Poznań, 1925), que entre 1971 e 1990 foi professor de sociologia na Universidade de Leeds.

A sociedade europeia, disse o Papa, está submersa em uma “cultura líquida”, termo com que se refere “à sua ‘fluidez’, à sua pouca estabilidade ou talvez à sua ausência de estabilidade, à mutabilidade, às inconsistências que às vezes parecem caracterizá-la”.

Bauman atribui o nascimento da sociedade “líquida” ao modelo consumista e considera que seu impacto mais profundo se dá nas relações sociais, e mais em particular nas relações entre o homem e a mulher, que se têm feito cada vez mais flexíveis, impalpáveis, como manifesta o conceito atual de amor reduzido a mero sentimento passageiro.

A este modelo de sociedade “líquida”, o bispo de Roma contrapôs – ao falar na estupenda Basílica de Santa Maria da Saúde – o modelo da sociedade “da vida e da beleza”.

“Certamente é uma opção, mas na história é necessário escolher – afirmou –: o homem é livre para interpretar, para dar um sentido à realidade, e precisamente nesta liberdade reside sua grande dignidade”, assegurou.

“No âmbito de uma cidade, seja qual for, também as escolhas de caráter administrativo, cultural e econômico dependem, no fundo, desta orientação fundamental, que podemos chamar de ‘política’, na acepção mais nobre e elevada do termo.”

“Trata-se de escolher entre uma cidade ‘líquida’, pátria de uma cultura que parece ser cada vez mais a cultura do relativo e do efêmero, e uma cidade que renova constantemente sua beleza, recorrendo aos mananciais benéficos da arte, do saber, das relações entre os homens e os povos”, assegurou.

Nesta viagem de dois dias, o Papa visitou também, além de Veneza, a cidade de Aquileia, sede do antigo patriarcado que constituía a maior diocese eclesiástica e metropolitana do tempo medieval europeu, que chegou a se estender à atual Eslovênia, Croácia, Áustria e Alemanha.

Papa na gôndola

O Papa tinha chegado à Basílica de Santa Maria da Saúde em gôndola, atravessando o Grande Canal de Veneza, partindo da Praça de São Marcos. Tratava-se da "Dogaressa", a mesma gôndola de grandes dimensões que fora utilizada em 1985 na visita de João Paulo II.

Quatro gondoleiros veteranos levaram Bento XVI em um trajeto de cerca de 15 minutos até o ‘Dorsoduro’, a parte da cidade em que se ergue a Basílica de Santa Maria da Saúde, construída em honra à Virgem após a epidemia de peste de 1630.

Autor: Jesús Colina
Fonte: http://www.zenit.org/article-27905?l=portuguese

"O EVANGELHO É MAIS DO QUE UMA UTOPIA!"

Veneza (Itália), 09 mai (SIR/Ecclesia) – Bento XVI afirmou hoje que o Evangelho é a “maior força de transformação do mundo”, mas não é “uma utopia nem uma ideologia”, num discurso que encerrou a visita de dois dias ao nordeste da Itália. Perante representantes do mundo da cultura, da arte e da economia reunidos na basílica da Saúde, em Veneza, o Papa disse que o cristianismo concebe uma “cidade santa, completamente transfigurada pela glória de Deus, como uma meta que move os corações dos homens e empurra os seus passos, que anima o compromisso fatigante e paciente para melhorar a cidade terrena”. “Auscultamos estas expressões num tempo em que se exauriu a força das utopias ideológicas e não só o otimismo se obscureceu, mas também a esperança está em crise”, acrescentou. Depois de ter deixado a basílica de São Marcos, o Papa seguiu pelos canais de Veneza, acompanhado por várias embarcações, indo ele próprio a bordo de uma gôndola. Nesta cidade, Bento XVI disse ser natural falar de “água”, um “símbolo ambivalente” que se refere à vida, mas também à morte. Aos representantes da cultura e da economia presentes neste encontro, o Papa falou numa cultura europeia “líquida”, por causa da “pouca estabilidade ou mesmo a sua ausência de estabilidade, a mutabilidade, a inconsistência que por vezes parece caracterizá-la”. Em vez desta cultura do “relativo e do efêmero”, o discurso papal sugeriu uma “cidade que renova constantemente a sua beleza” a partir das “fontes benéficas da arte, do saber, das relações entre homens e entre povos”. Sobre Veneza, o Papa disse que tem “uma longa história e um rico patrimônio humano, espiritual e artístico para ser capaz, também hoje, de oferecer um precioso contributo, ajudando os homens a acreditar num futuro melhor”. Depois deste apontamento, Bento XVI visitou e abençoou a restaurada capela da Santíssima Trindade, diante dos seminaristas da diocese italiana, e inaugurou novos espaços na biblioteca do ‘Studium Generale Marcianum’, pólo pedagógico-acadêmico do Patriarcado de Veneza. De barco, o Papa deixou a cidade rumo ao aeroporto Marco Polo, de Veneza-Tessèra, regressando a Roma após a sua 23ª viagem em solo italiano, iniciada este sábado, com passagens pelas localidades de Aquileia, Mestre e Veneza.

Autor: Ervino Martinuz

Fonte: http://www.verbonet.com.br/verbonet/index.php?option=com_content&view=article&id=9782:italia-bento-xvi-o-evangelho-e-mais-do-que-uma-lutopiar&catid=5:noticias&Itemid=25

Testemunho de ex-protestante, hoje católico, diz as razões de sua conversão

Meu nome é Jonadabe Santos Rios tenho 20 anos. Sou de Feira de Santana/BA, e nasci em uma família protestante. Todos, seja por parte de minha mãe e de meu Pai, são protestantes. Meu Pai é pastor da Igreja Missionária Quadrangular, da qual fundou várias na Bahia. Outros tios são de um "ramo" da Batista, e da Quadrangular (Igreja do Evangelho Quadrangular). É claro que ambos não concordam doutrinariamente entre si, como deve ser a Igreja, só concordam que eu devo estar equivocado. Bom, o melhor é que eles entrem em algum consenso antes de me dizerem que estou equivocado e tentem me fazer voltar à babel teológica que é o Protestantismo.

Quero contar uma parábola que reflete o que aconteceu e está acontecendo com a Igreja de Cristo. É a estória de um Rei Eterno que decidiu edificar um belo castelo para sua morada e de sua família, que seria qualquer um que o amasse e decidisse viver com ele. De forma que quem morasse em seu edifício, no tempo determinado por esse Rei Eterno, também viveria com suas palavras de vida eterna.

Ele edificou a pedra fundamental, as colunas e todas as partes do castelo. Da ponte às janelas; do quarto ao banheiro. Todas as partes eram necessárias para formar um castelo segundo sua vontade. Esse Rei teve que viajar, mas instituiu servos para o representar, cada um com uma função, e um líder geral de sua confiança para que eles andassem sempre unidos. A prometida vida seria vivida de uma vez por todas assim que voltasse.

O Rei demorou em sua viagem, de forma que com o passar do tempo seu castelo tornou-se sujo, até mesmo alguns lideres gerais cometeram certos erros. Mas o castelo não estava abandonado, pois hora ou outra apareciam moradores zelosos. Estes o pintavam e concertavam lugares danificados.

Todos eles recitavam os ensinos do Rei no seu dia a dia de forma oral. Os professores ensinavam aos alunos utilizando também alguns livros, pois eles eram úteis. Esses livros não eram suficientes pra explicar tudo, já que sempre surgem falsas interpretações de leitores desavisados. Por isso o ensino instituído pelo Rei era feito por pessoas autorizadas, que inclusive fizeram uma lista dos livros científicos. Isso eles chamavam de tradição real.

Passados centenas de anos, começaram a surgir moradores que diziam entender de construção e do verdadeiro conhecimento real. Segundo eles, o castelo não deveria ter janelas daquela forma, e a cor não combinava com uma realeza. “A porta está muito estreita”, afirmavam alguns. “Pra que tantas colunas?”, perguntavam outros. Nem mesmo os livros da biblioteca desse Rei, incluindo os livros científicos, feitas por escritores que o presenciaram, foram respeitados. Eles alegavam entender mais do que os próprios lideres instituídos pelo Rei! Acontece que, por obra do inimigo do rei, cada um se intitulou um reformador da casa (mas na verdade agiam na maioria das vezes como deformadores).

“Não combina com a realeza!”, era seu brado. “Vamos reformar a casa, assim que o Rei voltar, vai ver que fizemos a sua vontade”, “destruiremos estes fundamentos de falsos construtores e instituiremos os nossos próprios e verdadeiros fundamentos”. Mas eles não quiseram reformá-la da mesma forma que os outros servos zelosos. Eles desejaram um castelo segundo suas vontades. Pegaram machados e marretas; bombas e pedras. Tentavam demolir o castelo, mesmo discordando um do outro.
Um aceitava a janela, pois não gostava da luz do sol que batia na sala, por isso a apedrejou. Outro concordava que deveria ter janelas, para deixar o ar arejado. Mas todos concordavam que deveriam reconstruir a casa e destituir o líder instituído pelo Rei. Cada um deveria ser seu próprio líder. O problema é que cada um tentava fazer tudo segundo a sua própria vontade, por meio de divisões e mais divisões de grupos de reformadores.

Acabou que cada reformador decidiu montar seu barraco ou castelo de areia, e boa parte deles eram fora dos limites do castelo. Começou a surgir, então, vários conjuntos de barracos e castelos de areia, um do lado do outro, alguns isolados de tudo. Tinham até os sem telhado! Ou os sem barraco, pois concluíram que só seu corpo basta, e seu corpo é o castelo (ignorando todo o fundamento posto pelo Rei). Esses gostavam sempre de criar discussões para provar que fazer discussões sobre o que o Rei disse ou não é infantil, instituindo que o Rei não havia instituído nada além o que eles instituem. Assim, tentavam provar que não importa provar nada. Tinha alguns barracos dentro dos limites do castelo (afinal, até mesmo na Babilônia existem os exilados de Israel). Mas todos estes foram enganados por alguns reformadores enganados por outros que foram enganados pelo inimigo do Rei, um rei de outra província chamado Narciso. Interessante é que depois de chamar o Castelo como uma casa do demônio, cada mini construtor desses barracos, castelos de areia ou peregrinos sem casa, começou a chamar um ao outro de seguidor do demônio. Destruída as bases do castelo, de fato qualquer um poderia dizer isso e encontrar alguma forma para se justificar.

Muitos moradores do castelo foram convencidos pelos barraqueiros entrar no conjunto de barracas. Mas sempre existiam os que voltavam para seu verdadeiro lar: o Castelo Real. Mas os verdadeiros moradores zelosos, construtores autorizados de fato pelo Rei, trataram de concertar o estrago feito pelos autointitulados reformadores. Alguns eram sinceros, mas sinceramente enganados.

O Rei ainda não voltou, entretanto o castelo real continua de pé e segundo a vontade do Rei. Mesmo com algumas falhas na pintura, mas sempre repintada da cor original nas partes falhas. Este castelo continua firme e forte, afinal, o próprio Rei Eterno prometeu que estaria com eles até a consumação do século e que as investidas dos bárbaros não prevaleceriam contra seu castelo. Infelizmente ainda há os que se alimentam dos mitos criados em relação ao castelo. Os mesmos acabam perdendo os tesouros dados de graça pelo Rei.

Seus moradores zelosos continuam a trabalhar, principalmente trazendo de volta estas pessoas enganadas. Cada vez mais os filhos do Rei Eterno voltam pra casa, ora avaliando seus próprios erros de construção, ora sendo convencidos por outros. Ambos esperam a volta do Rei e a revelação geral do seu reino.

A Igreja, assim como o castelo, continua firme, mesmo com as tempestades e pedradas, pois, como nosso Rei Eterno Jesus prometeu as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja (cf. Mt 16,18). A Santa e Una Igreja Católica. Os mitos devem ser desfeitos, e os fundamentos reais reafirmados. Que o Rei envie cada vez mais trabalhadores zelosos para sua obra.

Mas por que me tornei católico? Uma das várias razões que me fez deixar o protestantismo é que suas bases não fazem sentido em si mesmas sem a tradição da Igreja. Além disso, observando as doutrinas católicas, vi que são mais bíblicas que algumas doutrinas protestantes. Se é que podemos dizer “algumas” desses vários ramos do protestantismo que surgem a cada dia com uma novidade primitiva. Se é ainda, que algo pode ser chamado de novidade (como uma nova revelação) e ao mesmo tempo ser primitiva!

Isso se deu principalmente quando comecei a estudar a igreja primitiva e a doutrina católica bem como a sua história, e percebi, assim como vários ex-protestantes, que os primeiros cristãos eram mais católicos que protestantes, também que as pessoas criaram vários mitos em relação ao catolicismo. Os mesmos mitos direcionados ao Castelo Real. Assim como o Castelo, a Igreja não foi modificada posteriormente por homens que queriam que os outros acreditassem em suas doutrinas humanas. Houve sim um desenvolvimento na forma de compreender as mensagens de Jesus, dos apóstolos e dos cristãos primitivos. Não um desenvolvimento no sentido de que algo diferente e até mesmo contraditório era acrescentado, mas um desenvolvimento na medida em que os cristãos começavam a meditar no depósito da fé, na Tradição e Escrituras, guiados pelo Espírito Santo, conforme Jesus prometera. Ao contrário do mito inventado por alguns supostos reformadores, nem o Castelo nem a Igreja escondiam os livros sagrados, ou proibiam a leitura de sua biblioteca. Na verdade foram ambos que preservaram seus livros, além de que, por meio de pessoas autorizadas, pois sucederam as colunas do Castelo e da Igreja e foram guiados pelo Espírito, que sabemos quais são os livros que de fato revelam a vontade do Rei. Da mesma forma que os moradores do castelo, os católicos adoram somente a seu Deus, mas, como foram ensinados desde o principio, prestam honras aos que seguiram de forma exemplar os mandamentos de seu Mestre.

Não pretendo fazer aqui nesse testemunho uma analise dos pontos principais que me fizeram católico. Quero é convidar as pessoas sinceras, principalmente protestantes, a buscarem a verdade a respeito da Igreja Católica. É certo que várias pessoas preferem criticar a Igreja com coisas simplesmente ridículas, como o uso de crucifixos (sim, ainda tem gente que critica isso!), mas só o fato de estar lendo esse texto, caso não seja católico, já indica disposição em examinar as evidências católicas.

Sobre a reforma protestante, penso que houve pouca comunicação de ambas as partes. Se hoje, com todos os meios de comunicação disponíveis, ainda há mitos alimentados e falta de comunicação, e até mesmo desonestidade por parte de alguns, imagine quando a imprensa nascia? Hoje, graças a Deus, vários desses mitos estão sendo desfeitos, não só mitos em relação a Igreja, mas de “reformadores” que foram transformados em mitos, em príncipes da liberdade de expressão e religiosa, quando na verdade não foram. Interessante é que as catacumbas de Roma, que nos dão inumeras e fortes evidencias da crença primitiva (principalmente das contrárias ao ensino protestante) foram redescobertas em uma época muito próxima em que as controvérsias protestantes estavam em alta. Supeito uma providência Divina nessa redescoberta. Será o Rei Eterno dando sinais de sua presença invisível?

Nunca imaginaria que iria encontrar a ortodoxia na Igreja Católica. Como certa vez disse G. K. Chesterton, “Tentei criar uma nova heresia; mas, quando já lhe aplicava os últimos remates, descobri que era apenas a ortodoxia.”. O mesmo bem afirmou que para se conhecer de fato o cristianismo ou tem que estar totalmente dentro dele, de forma que o conheça, ou totalmente fora a ponto de não odiar. Como uma casa que, se ficarem somente na entrada não se conhecerá a beleza vista de fora nem as maravilhas internas. Deve-se ou entrar dentro da casa, ou sair totalmente fora dela para vê-la por completo. A mesma coisa se pode dizer sobre a Igreja Católica.

No mesmo livro (O Homem Eterno), esse grande católico afirmou uma verdade que se vê em toda a história da Igreja: quando se pensa que a Igreja morreu, aí é que ela nasce de novo, isso porque tem um Deus que sabe morrer e voltar a vida. Quando Jesus morreu, todos pensaram que o seu movimento havia cessado, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Seus discípulos pregavam que o Cristo havia ressuscitado dos mortos. E quando os imperadores pensavam que iriam destruir a Igreja do Senhor cortando seu corpo em pedaços, aí é que ela revivia e se revigorava a cada mártir que tinha seu corpo queimado, esquartejado ou jogado às feras. Ou, a exemplo de Chesterton, no tempo em que o imperador, filho de Constantino, desejava que a Igreja acreditasse na nova moda que era o arianismo, mas a crença de que Jesus é o Filho Eterno de Deus tornou-se novamente viva entre o povo por causa dos que mantinham essa chama acesa. Depois da reforma pensou-se que a Igreja, o barco que anda (mesmo que às vezes vacilante) no meio das águas mundiais com todas essas crenças divergentes, iria afundar e acabar sendo um barco entre as canoas que haviam afundado, ela continua firme e forte com o Vigário de Cristo nos guiando pela ajuda do Cristo que ainda não está presente de forma física. Hoje com muitos dos ditos católicos agindo como se não o fossem, ainda há um povo guiado por Jesus Cristo sendo levantado. Muitos estão gritando que a Igreja está morta, assim como seu Cristo que morreu. Mal sabem que o Cristo que soube fazer essa Igreja reviver nos tempos em que parecia desfalecer, está a levantar novamente seu corpo visível.

Sou um dos que nasceram dentro dos limites do Castelo, e, por isso, sempre fui católico. Da mesma forma que vários dos que são católicos mesmo sem saber. Mas criticava o catolicismo, pois não conhecia de perto. Eu o via por partes, e só concordava com essas partes que conseguia ver por completo, as outras, que via de relance, ou que alguns que afirmavam estar lá dentro (mas que nunca estiveram de fato) me diziam, eu descartava como algo que não é da vontade do Rei e assim preferia ficar ao redor do castelo.

Mas, por vontade de conhecê-lo de fato, depois de ver o exemplo de vida de alguns irmãos Católicos, comecei a entrar pela porta, e, por curiosidade, vasculhar as salas, os quartos, quadros e relíquias. Assim pude perceber a beleza e veracidade do depósito da fé pura revelada por Jesus e repassada pelos apóstolos e seus sucessores. Acabei ficando por lá mesmo, em um quarto que já estava preparado para mim antes mesmo de pensar em entrar. Vários quartos já estão preparados.

Como qualquer cristão, ainda há várias lutas para enfrentar, principalmente agora quando meus amigos e familiares me perguntam por que agora sou católico. Há luta também dentro de casa. Como é que um pastor evangélico pode se conformar que seu filho tenha se tornado católico? Bom, tenho que agradar a Deus e não aos homens, e tenho a fé de que ele vai ser mais um a testemunhar sua ida a Igreja de Cristo.

Não sou pessimista sobre esse assunto. Jesus me "otimizou", afinal, as portas do inferno não prevalecerão contra sua Igreja, e sinto que os tempos da Igreja estão a mudar. Cada vez mais a verdade está ficando clara com o protestantismo entrando em colapso consigo mesmo. Que todos sejam um, para que o mundo creia que nosso Senhor Jesus Cristo foi enviado pelo Pai (cf. João 17,21).


Autor: Jonadabe Santos Rios
Fonte: http://www.veritatis.com.br/apologetica/testemunhos/1089-jonadabe-santos-testemunho